translúcido


Há uma fria brisa
uma poeira translúcida
que passa pelos meus dedos estendidos
curiosos sentem, veem o que não consigo entender.
Há um buraco
e é tudo turvo
sem direção
mas não me sinto assustada.
Sou o vazio
que prepondera diante do infinito
este, que não consigo desvendar
e, por isso, nem enxergar
o que há por trás disso tudo.
Sou o vazio
mas nunca sequer saí do chão,
o espaço não tem dimensão,
a poeira tornara-se um mistério para mim
e motivo de contemplação.

Nataly Olivier

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