#Diário de uma Escritora

Bem,resolvi fazer esse diário de uma escritora para passar minha experiência como tal, estou escrevendo um livro e pretendo aqui escrever meus desabafos diários, processo criativo e dicas,espero que gostem :)

• O que você quer ser quando crescer?

           Na sexta série perguntavam-me o que eu queria  ser e de cara dizia: jornalista. Coloquei aquilo na cabeça. achava que ser jornalista era "escrever". Até era/é, mas não o que eu imaginava. Pensei em segundas opções como arqueologia, pericia criminal, cinema. Até que chegou o último ano do ensino médio  e eu não tinha mais certeza que queria ser mesmo jornalista. Todas as certezas se dissolveram e isso me assustou um pouco.

          Ainda não publiquei meu livro, mas estou escrevendo-o. Eu sempre tivera muitas ideias de histórias por sempre gostar de ler. Lembro que sou assim desde criança, ganhei concursos de redação, da criança que leu mais livros da biblioteca no ano da escola, de quando a professora pedia uma redação de no máximo 30 linhas e eu entregava 3 páginas. E chegando mais na adolescência descobri o universo das fanfics e eu amei aquilo, porque eram "amadores" escrevendo histórias, não eram livros, mas alguns poderiam ser e mesmo se não virassem um dia eu amava ler igualmente, achava de vez em quando lá até melhor porque a linguagem era diferente, era mais jovem, era uma linguagem nova pra mim o jeito que elas escreviam e isso me inspirou a escrever as minhas histórias. Mas de principio fiquei meio receosa se realmente conseguiria colocar algo que estava na minha mente no papel e através das fanfics eu tentei, foi meu teste e vi que estava dando certo. As pessoas liam e comentavam, favoritavam e isso me deixava feliz, conheci muitas pessoas legais que hoje, algumas viraram até amigos. E a partir dali eu percebi que podia realmente, escrever uma história maior com início, meio e fim que prendesse as pessoas. 

          Então, a partir dali busquei aprimorar minha escrita, passei a ler mais, escrever mais, estudar mais e deu certo, hoje, relendo minhas fanfics as corrijo muito, mas ainda tenho muito o que aprender, escrever é uma arte que aprendemos todo dia. Depois de alguns anos senti uma necessidade de escrever uma história minha para ser publicada, pra virar um livro e tê-lo na minha estante e poder dizer que é meu. Escrevi vários rabiscos de histórias, mas nada que realmente eu sentisse que era aquela história até que em uma noite um sonho mudou tudo. Acordei com aquela cena na cabeça, de principio não escrevi, mas também não saiu da minha cabeça o que achei estranho porque sempre esquecia as historias se não anotasse. Eu não parava de pensar naquela cena, então, peguei papel e caneta e resolvi escrever e foi a melhor coisa que fiz, porque não escrevi apenas aquela cena, escrevi toda a sinopse da história. A partir daquela cena consegui pensar no inicio, meio e fim.

             Pela primeira vez senti que era isso. Aquele seria meu primeiro livro e estou lutando pra que vire uma realidade. Quando escrevi o primeiro capítulo senti uma felicidade tremenda por ele ter ficado do jeito que queria e por eu ter sido capaz de escreve-lo,  mandei para alguns amigos e colegas que leram e elogiaram, me incentivaram a continuar. De muitas coisas que pensei em fazer na vida já me passara pela minha cabeça ser escritora, mas nunca pensei que se tornaria algo real. Mas é real. Estou escrevendo um livro e ainda não caiu a ficha. Mas muito em breve esse sonho poderá se tornar uma realidade.

             Como se diz o ditado: Deus escreve certo por meio de linhas tortas. E é verdade. Dei várias voltas, quis ser jornalista, tinha certeza disso, batia o pé e não trocava de ideia, mas ai no último ano da escola, no nada, sem alguma razão concreta resolvi tentar vestibular para letras e passei e era/é um curso que tem a ver comigo. E então percebi que estava tentando fugir do que estava na minha frente desde o principio: escrever. Eu não queria ter o choque de ver que entraria em uma carreira difícil, eu sei que é difícil, mas sinto-me viva escrevendo, amo escrever e não posso fugir da verdade. Amo escrever, faço isso com paixão e se é o que gosto de fazer terei que lutar para tê-lo reconhecido. 

Nataly Olivier