Ponteiros




E os ponteiros do relógio passavam.
Contavam cada milésimo daquela fantasia.
Apenas vontades reprimidas,
num caos temporal.
Noites mal dormidas,
pensamentos nas inúmeras possibilidades da vida,
levavam a um sonho não real.
Sentimentos trancafiados numa gaiola vazia.
Momentos não vivenciados em companhias.
Um crime brutal.
Os ponteiros não paravam,
mas eles ali continuavam.
Os ponteiros deslizavam delicadamente,
pelas engrenagens hostis,
observavam aquela peça vivida,
marcando o tempo,
de se imaginar de ser feliz.
Nataly Olivier








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