A mulher no carro
quando
vi através do vidro fumê de um carro:
uma
mulher.
As
mãos dela, desesperadas
tentavam
enxugar as lágrimas,
que
borravam toda sua maquiagem.
Ela
aparentava querer não ligar,
queria
parar de chorar.
Mas
lá ela estava,
no
conforto do seu carro,
sentindo-se
de certa forma segura dos olhares.
Ninguém
iria vê-la daquele jeito.
Senti
que estava invadindo,
mesmo
que sem querer,
uma
cena tão forte e delicada.
Não
sabia quem era.
Muito
menos o que acontecera
ou
o que tinha deixado de acontecer.
O
carro passou depressa,
em
segundos desaparecera.
Mas
o sentimento ficou presente,
naquela
manhã de quinta-feira.
Nataly Olivier
Nataly Olivier
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