Cidade de mentiras

       
          Ela era a menina que sempre sentava no cantinho, ficava calada, preferia assim, pois se não tinha nada de importante para falar preferia ficar calada e por isso, muitas vezes, ela se perguntava se o problema era com ela. Porquê ela não entendia como aquelas pessoas não paravam de falar coisas que não faziam sentido. Ela apenas observava e cada vez mais tinha menos interesse em falar com aquelas pessoas. Era como se ela não se encaixasse, não pertencesse aquele lugar, sentia-se presa. Presa com interesseiros e falsos, em que tudo davam sua opinião.
       Ela os conhecia melhor do que eles mesmos, pois as atitudes deles transpareciam tudo o que eles diziam não ser. Eram tão cegos para olhar para si mesmos e cada vez menos ela se atraia por eles. A verdade deles já era perdida. E ela ainda se "admirava" em como aquelas pessoas conseguiam viver com tudo aquilo normalmente. Ela sabia que eles a temiam, pois ela não se importava e era feita de verdades. Eles sabiam que as palavras dela pesavam. Mas, de vez em quando, no meio daquilo tudo, ela via alguém diferente em que valia a pena lutar.
Nataly Olivier Santana


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